Por: Rafael – 9o.ano
Meu nome é Isaac García, modéstia à parte, sou o melhor promotor de justiça do estado. Mas, lembro-me muito bem de quando eu era jovem e estudante de direito, um dos meus professores era um renomado detetive da época, Jonathan Douglas. Devo a ele uma boa parte da minha carreira, já que, se não fosse por ele levar seus alunos às cenas dos crimes, eu não teria tido contato direto com um dos casos mais marcantes que eu já vi em toda a minha vida, o caso Laetitia Toureaux.
Devido às circunstâncias brutais da tragédia, a população estava indignada e assustada, o que fez com que a matéria nos jornais locais fosse a mesma todos os dias: “Quem Matou Laetitia?” . Com a pressão vindo de todas as direções, a polícia estava desesperada para achar uma solução para o mistério, colocando o caso como prioridade máxima e recrutando diversos detetives para colaborar nas investigações, e é aí que eu entro.
Era uma manhã de outono na universidade que frequentei, a cor laranja dominava todo o gramado com folhas secas, o vento gelado que antecipava o inverno trazia um aroma de canela, os olhos do Prof. Douglas brilhavam mais que o normal, e com razão. Após o fim do período, ele convidou a nossa turma a ajudá-lo no caso, porém, o caso parecia insolúvel e todos queriam aproveitar o fim de semana, então fui o único que aceitou a oportunidade.
Passamos horas e horas em seu escritório tentando conectar pistas e ligar os suspeitos à vítima, mas nos frustramos ao não obter conclusões, estávamos a ponto de desistir e estudar outro caso quando notei um fato crucial, Laetitia foi morta com apenas um golpe certeiro, que só poderia ter sido feito por um especialista, e a única pessoa que possuía conhecimento sobre esse assunto que estava naquele trem era o Doutor Maximoff, um cirurgião respeitado que jamais seria visto como covarde e assassino.
A informação foi repassada para a polícia e, de repente, todas as linhas de investigação se voltaram para Maximoff, e depois de alguns dias, foi descoberto que a vítima era amante do doutor, o qual era casado e visto como respeitado pai de família.
Após um julgamento longo e cheio de reviravoltas, o júri popular declarou o réu culpado, e ao ouvir o som do martelo ecoar pelo salão, eu só tive certeza de uma coisa: a justiça é para todos.