Era uma manhã de sexta, quando eu e minha irmã Bruna estávamos indo para São Paulo para arranjarmos emprego.
Quando chegamos lá, a primeira coisa que Bruna queria fazer era ir à biblioteca da cidade. Chegamos à biblioteca, vimos muitos livros antigos e empoeirados. O lugar era um pouco vazio, quieto e misterioso, assustador, mas, enfim, ela queria. Até que olhei na prateleira mais alta e vi um livro estranho, resolvi pegá-lo.
O livro tinha uma capa dourada e bem brilhante. Não tinha título, então foi aí que eu fiquei mais curiosa.
Quando estava prestes a abri-lo, Bruna apareceu:
— Uau, que livro legal! Deixe-me ver!
— Não, eu achei primeiro, eu tenho que abri-lo!
— Eu sou a mais velha! Eu nasci primeiro, então eu abro o livro! – retrucou.
Então começamos a brigar tanto que caímos no chão com o livro e ele acabou se abrindo sozinho. Surgiu uma luz forte e fomos sugadas para dentro dele! Abri os olhos e vi Bruna já acordada, tentando entender o que tinha acontecido.
O lugar onde estávamos era lindo e estranho ao mesmo tempo. Era uma floresta com vários animais e plantas diferentes. Bruna tem ideias meio loucas, mas acho que desta vez ela estava certa:
— É uma outra dimensão! –disse ela.
“Nossa, mas parece que nem em outra dimensão ela fica quieta!” – pensei. Nessa hora ouvi um rugido, olhei para trás e vi um urso horrível, muito estranho ele. Eu e Bruna corremos como loucas até que vimos uma luz e fomos na seu direção, de repente, estávamos no meio do Saara, até que Bruna com sua supercolaboração, me diz:
— Estou com sede!
Eu fiz uma careta  pra ela, e acho que ela entendeu o recado.
Andamos mais meia hora naquele sol com a companhia das cantorias desafinadas de Bruna, até que ouvimos um barulho vindo da areia, era um “exército de múmias”, de acordo com Bruna, bem… e era mesmo.
As múmias falavam umas coisas em árabe, que eu não entendi! A chefe das múmias estava carregando um baú e entregou-o para Bruna. Ela, é claro, amou. Quando ela estava pegando alguns tesouros, eu disse:
— Bruna, olha, é a luz que nós vimos na floresta! Ela pode nos levar de volta!
Então corremos pra ela e voltamos para a biblioteca, e o livro, sumiu.
— Peguei alguns tesouros! Sou demais, não é? – Se gabava Bruna.
— Ai meu Deus, o que tem na sua cabeça?
Nós duas rimos e voltamos para nosso apartamento.

Por: Marcella – 7o.Tulipa Africana