Conheça abaixo as 10 redações vencedoras da 1ª Edição do Concurso de Redação, realizado no dia 23/09/2024 entre os alunos do 9º ano, Ensino Médio e Pré-Vestibular do Colégio Ser!:

Carta da Bruna

Data: 23/09/2023 – Categoria II – N° de Inscrição: 54

Sorocaba, 23 de Setembro de 2023,

Cara geração futura,

A partir da leitura “A era da burrice”, publicada pela revista Super Interessante, não consegui parar de refletir um minuto à respeito da vulnerabilidade humana diante aos avanços tecnológicos. Cobro-me, em uma posição de admirador da inteligência humana, uma vez que o desenvolvimento da racionalidade produz uma gama de benefícios a nossa sociedade. No entanto, venho, por meio desta, questionar alguns comportamentos atuais – estreitamente influenciados pela internet – que potencializa o retrocesso intelectual das gerações futuras.

Há milhares de anos, Platão desenvolveu a obra “Mito da Caverna”, a qual é fundamental até os dias atuais frente a nossa compreensão do mundo, reforçando a necessidade do ser humano buscar o conhecimento através da razão. É possível observar, que a doxa e a episteme na contemporaneidade é difundida em nosso cotidiano como se fossem da mesma equivalência, ao passo que se torna comum nas redes sociais a emissão de opiniões baseadas em fatores subjetivos, revelando a doxa. Por outro lado, a episteme: a qual abrange o conhecimento pautado em abordagens intelectuais é desvalorizada e isto implica não somente na descrença na ciência, que leva ao negacionismo, mas também no desprezo do profissional acadêmico – cientistas, professores e intelectuais. E com isso, a sua geração irá carecer de pensadores como Platão, pintores como Michelangelo e escritores como Machado de Assis.

Outra análise que devemos ponderar é o fato da espécie humana estar intrinsecamente conectada aos instintos mais primitivos, como a caça, a qual foi essencial à evolução da humanidade. Nesse sentido, foi necessário a criação de templos – bibliotecas, museus – para construir conhecimento com precisão, o que eu particularmente considero genial a grandiosidade humana refletida nestes locais. E, quando nos damos conta das produções artísticas que a nossa espécie produziu não desvalorizamos a importância de construir hábitos intelectuais, como a leitura. Tal qual, devemos ser cultivado com apreço por nós – especialmente por vocês dessa geração – pois com o advindo das redes sociais, a infodemia encontrou terreno fértil. Logo, dificultando o filtro das informações relevantes, filtro o qual somente se constrói a partir do conhecimento intelectual.

Por isso, questione, duvide, leia, aprenda, erre, corrija e acima de tudo se emocione com a nossa ambindência em existir e poder contribuir ao mundo, porque apesar da tecnologia tender a nos tornar superficiais, voláteis e líquidos, devemos utilizar a nossa inteligência humana para filtrar o que há de melhor nela e produzir um mundo pensante, boa sorte!

Atenciosamente,

L.I

Carta do Flávio

Data: 23/09/2023 – Categoria II – N° de Inscrição: 60

Carta aberta às gerações futuras sobre a preocupação com sua inteligência

Sorocaba, 23 de Setembro de 2023

Prezadas gerações futuras,

sou uma aluna do interior do estado de São Paulo (BR) apaixonada pela história humana! Venho por meio desta carta aberta pois ao decorrer da semana que estou vivendo me deparei com a matéria “A era da burrice” da revista Super Interessante – um título chamativo, não concordam? Porém esse título me deu mais vontade de ler o conteúdo, admito, o título cumpriu sua função! Pós essa leitura fiquei embasbacada, pois concordei com o que li! A matéria mostrava que o uso excessivo da tecnologia atrapalha o desenvolvimento do tempo e da inteligência humana. Em choque e com medo do que restará da nossa espécie para vocês resolvi materializar a realidade atual nesta carta!

Gosto muito também, galera, de Biologia e Literatura! Em especial o poema “Para além da curva da estrada” de Fernando Pessoa, é um dos meus favoritos! O poema mostra o quanto precisamos nos conectar no tempo presente, sem ter pressa para o novo! É visível que a genialidade do Pessoa não seria nada sem sua escrita! O advento da escrita cuneiforme foi fundamental para que Fernando mostrasse sua arte para o mundo! Continuando com a arte, adoro o quadro “Abapuru” da Tarsila do Amaral! O quadro mostra como os países do mundo enxergam os brasileiros: como seres trabalhadores e não pensantes. A obra possui uma intelectualidade profunda com a escravidão no Brasil! Essas expressões artísticas só possuem extrema importância pois retratam o conhecimento humano de forma pura e de interpretação livre! As duas de nada seriam se antes não houvesse conhecimento que as fundamentam. Saindo de arte e indo para Biologia, recentemente o mundo enfrentou a pandemia de Covid-19. No momento de escrita já estamos em melhores situações graças as vacinas! Descobrida em 1796 pelo Edward Jenner, as vacinas nos salvaram em 2021! Acredito, pessoal do futuro, que não preciso de mais exemplos para mostrar que a perpetuação de conhecimentos move a sociedade! Não podemos banaliza-los visto que sem eles não vivemos e nem viveremos. Ao acaso do domínio da tecnologia, não restará ser pensante. Não restará ser humano!

Queria que fosse possível receber uma resposta de vocês. Mas não é! Suplico para que preservem nossa sociedade! A tecnologia é evolução, mas seu domínio, deixarão a sociedade em vão. Aprendam a valorizar o presente e criticar os preconceitos da sociedade! Espero que a revista Superinteressante esteja errada. Confio em vocês! Abraços, do passado. L.A

Carta da Isabel

Data: 23/09/2023 – Categoria II – N° de Inscrição: 63

Sorocaba, 23 de Setembro de 2023,

Cara sociedade futura, admiro e aprecio a vasta gama de conhecimentos que a humanidade adquiriu ao longo da nossa história, e por esse motivo, cultuo o hábito de ler sobre diversos assuntos. Recentemente, em um dos meus momentos diários de leitura, me deparo com uma matéria da revista “Super Interessante” que discorre sobre a decadência da inteligência humana devido ao salto tecnológico do início do século XXI. Nesta matéria, ressaltam que o uso da tecnologia atrapalha a consolidação de saberes, por isso, dificulta o desenvolvimento da inteligência. Tal proposição me troux angústia em relação às futuras gerações, de tal modo que me senti na obrigação de exaltar a capacidade do pensamento humano.

A razão humana permitiu a sobrevivência da espécie e sua consequente evolução, porém ao dizer “razão” digo sobre a sedimentação de conhecimentos empíricos que ao passar do tempo maturam-se formando ideias, nunca verdades absolutas! Como disse, o tempo é o principal sintetizador de ideias e seu mal uso está “emburrecendo” minha geração; visto que o bombardeamento de informações supérfluas e efêmeras, como no caso de vídeos do TikTok, dificulta o processo de amadurecimento e absorção do saber, que alimentam a inteligência sapiana.

 A fim de valorizar a capacidade do pensamento humano, adiciono a carta alguns pensadores que, em épocas de ausência de tecnologia, conseguiram revolucionar a humanidade. O primeiro deles foi Sócrates, que através da dialética mostrou às pessoas que o questionamento e a busca pela razão é o que garante a existência da consciência. O segundo foi Da Vinci, polídata que pregava a universalidade dos saberes, bem como o carinho e cuidado com cada objeto de estudo, a fim de que com paciência consiga-se retirar o máximo de ideias. E por último, Einstein, importante físico que ao dizer “uma mente aberta a uma nova ideia jamais retorna a seu estado original” nos mostra que o poder modificador da absorção de conhecimentos. Esses três pensadores são gênios, ou seja criadores, que valorizam o estudo meticuloso o paciente em detrimento ao consumo rápido e supérfulo atual. Essa ideia deve servir de espelho às futuras gerações e eu espero que o conhecimento puro e a maturação do pensamento seja valorizado.

Carinhosamente, J.T.

Carta da Marcela

Data: 23/09/2023 – Categoria II – N° de Inscrição: 72

Sorocaba, 23 de setembro de 2023.

Carta aberta às próximas gerações.

Eu ganhei meu primeiro celular quando tinha onze anos. Lembro-me perfeitamente porque ele pareceu-me terrível: era desinteressante e um modo mais rápido de meus pais me dizerem que o horário da brincadeira acabara. Hoje, vejo que o mundo em que cresci já não existe mais, a consolidação dos aparelhos tecnológicos deixou entre mim e o próximo um abismo. Embora celulares e tablets afetem mais as crianças, a sociedade como um todo sofre os impactos de tais tecnologias. Afinal, conforme a nossa conectividade passou do campo real – de conhecer, de decifrar e de experimentar a si e ao outro – para o virtual, nossa habilidade de interpretar o mundo, de criar e principalmente, de contemplar a existência num contexto dotado de grandes feitos foi diluída. Isso me assusta e foi lendo na Superinteressante que meus medos se concretizaram: a humanidade está em decadência, os especialistas já apontam a limitação intelectual com a realidade! Assim, motivada a poupar vocês, do futuro, dessa sina, decidi escrever. Esta carta é um apelo para que lembrem-se da própria inteligência, para que optem por aproveitar o próprio tempo ao invés de deixá-lo passar entre um vídeo e outro.

Dito isso, parece-me válido ressaltar que o conhecimento é o único bem que ninguém poderá tirar de vocês. Seus aparelhos celulares quebrarão, mas as ideias que adquirirem hoje permanecerão com vocês até o fim de suas vidas. No entanto, preocupa-me que muito, como dizia Immanuel Kant, preferirão a menoridade intelectual, isso é, a comodidade de deixar que outros tomem decisões por vocês, as quais vão de conteúdo que consomem – que já é regulado por algoritmos – até quais políticos devem votar. Não percebem o risco de tal escolha? A importância da razão reside justamente no desenvolvimento da própria autonomia, de seu senso crítico, e somente ela é capaz de impedir que vocês sejam manipulados.

Assim, peço que não se esqueçam que a vida é muito mais do que só existir e consumir. Olhem para trás e vejam tudo que a humanidade construiu para além da tecnologia que os aleja. Os grandes patrimônios da humanidade estão aqui para serem contemplados, para nos inspirar. Fernando Pessoa já dizia que quem queria passar além do Bojador deveria enfrentar a dor, então aprendam essa resiliência. Vejam “Guernica” de Picasso, quanto a dor daquele quadro não os pode assinar? Façam como Machado de Assis em “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e ousem fazer diferente, começar a narrativa do fim. Diante disso, reitero meu apelo: “Sapere Aude”. Todos os patrimônios fazem parte da sua história, não os esqueçam.

Esperançosamente,

G.H.

Carta da Paula

Data: 23/09/2023 – Categoria II – N° de Inscrição: 84

Sorocaba, 23 de Setembro de 2023

Aguardado futuro,

Você é o tempo ao qual tentamos prever desde sempre. Outra geração já tentou prever o nosso atual presente, também, e tinha grandes anseios como carros voadores e férias no espaço. Estes ainda não se concretizaram, mas De volta para o futuro II acertou no skateboard voador de 2015. Para as suas gerações, entretanto, nossos anseios se colidem com preocupações, e é plausível apontar os motivos delas a nós. Nossos vícios, nosso individualismo, nossa alienação ricochetear nos consome em um ato de autofagocitose. Assim, criamos uma ameaça interna a própria espécie, abrindo mão da maior dádiva da natureza: a inteligência humana. Das futuras gerações, portanto, não ansiamos por invenções ideais, porém esperamos capacidade de proteger a espécie humana de si mesma.

Sabe-se que a espécie que mais se tem em comum com o Homo sapiens é o chimpanzé: compartilhamos 98% do DNA, mas são os míseros 2% que nos difere, que faz do ser humano um ser curioso. A curiosidade nos levou a comunicação, que levou os sumérios à escrita. Dessa escrita surgiram livros, dos quais muitos queimaram em Alexandria. Porém, não paramos por aí. Milênios depois, Gutenberg imprimiu os livros, que difundiram conhecimento, e também já foram queimados pela Inquisição e por Hitler. Então, algumas centenas de anos depois surgiu a internet (a maior biblioteca digital do mundo), com infinito conhecimento em dados, mas esta ninguém queimou. Pior que o fogo, a nossa escolha como humanidade vem sendo ignorar o conhecimento, viver na cegueira e nos contemplar com a simplicidade, apesar de sermos seres complexos.

A verdade é que estamos imersos em uma modernidade líquida, em que vocês também estarão, mas se nos deixármos afogar no líquido tecnológico que nos cerca – material sem conteúdo, discurso sem embasamento, sem verdade, buracos sem fundo – estaremos nos permitindo esquecer de todo o valor conquistado pela humanidade ou, ainda pior, de tudo aquilo que quase nos destruiu. A banalização do mal é a receita para dor, morte e sofrimento. O esquecimento de nossa natureza curiosa é nossa sentença de morte. A sustentação da ignorância é o nosso fim. E, apesar de tudo, o futuro da humanidade ainda está em nossas mãos – escolhas e ações – e, um dia, em suas.

Esperançosamente,

V.S.

Carta da Rafaella

Data: 23/09/2023 – Categoria I – N° de Inscrição: 42

Sorocaba, 23 de setembro de 2023

Prezadas gerações futuras da sociedade humana, após me deparar com a leitura da matéria “A era da burrice” publicada pela revista Super Interessante, venho por meio dessa carta aberta buscar a conscientização ou ao menos busco trazer um pouco de lucidez sobre o futuro da nossa civilização.

A matéria da revista Super Interessante evidencia algo que preocupa todos os amantes da mente humana, o “emburrecimento” das novas gerações, a razão e a inteligência nos diferenciam das demais espécies mas estudos mostram que há um declínio contínuo na pontuação de QI ao longo do tempo, esse fenômeno só tende a ser mais visível, tendo em mente que no período que crianças deveria estar consolidando o hábito da leitura elas tem acesso a celulares e tablets: o uso contínuo das redes sociais também foi dito na matéria como um possível fator para a corrosão da nossa capacidade de prestar atenção, esse uso também faz com que a leitura e a escrita de jovens adultos estejam sempre aplicados a textos curtos em redes sociais.

Nós nos diferenciamos das demais espécies por nossa inteligência, consciência e razão, se perdemos isso o que nos diferenciar? Quais são os efeitos dos gênios do futuro? Teremos mais gênios no futuro? Existem patrimônios da humanidade que jamais devem ser esquecidos dentre eles temos obras, como o “Homem Vitruviano” de Leonardo da Vinci, um dos primeiros a juntar a arte e a matemática em uma obra, demonstrando a simetria humana, marco para a construção da sociedade antropocentrista do Renascimento; também podemos citar uma obra considerada recente, a coleção de Harry Potter despertou a criatividade e a imaginação de muitos jovens e crianças por anos, inspirando-os a criar, não podemos perder a mente jovem; a mente humana, capaz de criar coisas tão lindas também nos mostra a personificação da maldade. Adolf Hitler, o ditador Nazista Líder do Holocausto, não podemos esquecer a história, pois um passado esquecido tente a se repetir, não podemos deixar com que aconteça no futuro uma regressão.

Atenciosamente, M.R.N.

Carta da Sarah

Data: 23/09/2023 – Categoria I – N° de Inscrição: 44

23 de setembro de 2023

Cara magnífica humanidade;

Escrevo hoje esta carta enquanto encaro diretamente o futuro. Conto com a mais absoluta, assustadora e, ainda emocionante, invenção humana para entregar minha mensagem: o tempo. O tempo que tudo teria e tudo cede, o mesmo tempo que me faz temer por um destino incerto.

Todas as invenções e ideias que redefiniram o real significado de ser humano e, de alguma forma embelezaram nossas breves existências também, em diversas vezes, acabaram culminando em armas letais: a tecnologia que destruiu vidas durante guerras e conflitos ou mesmo o algoritmo inteligente que hoje priva o humano de sua própria natureza racional. Assim como li na matéria “A Era da Burrice” da revista Super Interessante, percebo que o monopólio das redes globais condena a pessoa moderna a se abster de sua própria humanidade ao romper com a intelectualidade e curiosidade instintiva humana. Como já dizia o grande cientista Albert Einstein, “uma mente aberta jamais volta ao seu tamanho original” – este é o verdadeiro valor da inteligência que faz de mim e você, humanos.

Veja, digno Homo Sapiens futuros, hoje apenas escrevo este manuscrito pois algum precursor nosso pré-histórico um dia se iluminou com a ideia de ilustrar algo em uma pedra: À milhões de anos, um humano já procurava deixar sua marca no mundo. Em algum momento, percebe-se que tal ânsia pelo conhecimento e pela eternidade se aflorou de forma a explorar os limites desta esfera azul; E das novas terras surgiram colônias que pareiam repúblicas que originaram nações, e essas nações hoje se tornaram diferentes do seu vizinho continental. Fronteiras dividiram pessoas que adotaram visões políticas para justificar o que não fazia sentido e antes que se fosse possível impedir alguns absurdos foram estampados em livros de história: como séculos de escravidão e genocidios como o Holocausto.

Hoje tudo isso se perde em vídeos rápidos nesse oceano inexplorado que é a modernidade líquida. O tempo leva tudo feito as ondas do mar na praia. Mas jamais devemos abrir mão do passado, ou o que nos torna humanos, ou que torna maravilhosa uma breve vida sem sentido. Futura humanidade, em prol da preservação dos nossos próprios patrimônios e dignidade: Lembre.

Agarre-se ao tempo que existe dentro de nossas mentes. Talvez seja, realmente, tudo que existe.

  • D.A

Carta da Ana Clara

Data: 23/09/2023 – Categoria I – N° de Inscrição: 05

Dia 23 de setembro de 2023, Sorocaba

Caros futuristas,

Recentemente peguei-me pensando sobre porque estamos aqui. Qual a necessidade de termos a capacidade cognitiva de reflexão? Será que nossa existência não seria mais fácil se parassemos de tentar analisar com tanta profundidade o mundo em que vivemos? Bom, ao ler uma matéria na revista “Super Interessante” sobre a vulnerabilidade da razão humana diante de tantos avanços tecnológicos, senti-me capaz de tenta responder tais perguntas.

Quando pensamos em avanços tecnológicos, geralmente acreditamos que eles foram uma das maiores conquistas da sociedade. E eu, como parte dessa grande maioria, compartilho desse pensamento. Sem a tecnologia, não seríamos capazes de nos aproximar da realidade em que vivemos, nem ter feito descobertas essenciais para nossa evolução, como as revoluções industriais, as descobertas das vacinas, ou até mesmo a propagação de ideais que deram origem a grandes movimentos sociais que até então seriam desconhecidos pela falta de meio de comunicação.

No entanto, todas as histórias tem dois lados. Apesar dessas maravilhas, a nossa necessidade de sobrevivência e constante melhora, foi deixando de existir. A sociedade como um todo, não almeja mais atingir conhecimentos profundos sobre questões sociais e políticas essenciais. Muitos acreditam que mesmo se dedicarmos nossa vida aos estudos e ao conhecimento, ainda sim saberemos muito pouco sobre o mundo e quem somos. A tecnologia nos deu esse poder do conhecimento com um simples toque, e isso nos condenou a ilusão de que chegamos ao fim da necessidade de investigar assuntos de reflexão essenciais.

Essa sede de conhecimento foi o que nos tornou quem somos hoje. Já pensou o que seria de nós se esse fosse o nosso máximo? Não estaríamos aqui se ja soubessemos de tudo. Obras literária como “Odisseia” de Homero, “Romeu e Julieta” de William Shakespeare, ou até “Alice no país das maravilhas “, de Lewis Carroll, nos permitiu fantasiar, e querer saber o que realmente significa estar vivo, o que é ser humano. Ao nos concentrarmos com as respostas já adquiridas, nos tornamos parte de um sistema que apesar de funcionar até então, é falho como todos os outros, porque as necessidades de uma sociedade mudam com o passar do tempo, e isso é inevitável.

Portanto, não se contentem meus jovens.Busquem entender quem são além do que o foi limitado como “verdadeiro conhecimento” ou “resposta final”. Porque apesar dessas noções serem confortáveis, elas não existem. 

Cordialmente, J.A.

Carta do Felipe

Data: 23/09/2023 – Categoria I – N° de Inscrição: 13

Escrevo essa carta para deixar para as novas gerações. Faço isso por um motivo um pouco peculiar, que seria a chamada era da burrice, assim chamada essa geração pela Super. O motivo pelo qual faço isso e por ser um grande admirador da inteligência humana e por ter esperança que a sabedoria dessa espécie ainda possa florecer, que não está morta e sim adormecida, atrasada pela internet.

Uma das coisas mais importantes que difere os humanos dos outros animais selvagens é a nossa inteligência, nossa capacidade de raciocinar e a nossa razão. Hoje em dia temos acesso a muitas novas tecnologias que mudaram nosso cotidiano, mas agora está afetando a nossa inteligência. Um ótimo exemplo é o Tik Tok, que usa uma espécie de algoritmo para definir e mostrar os assuntos que mais gostamos em forma de vídeo, tirando nossa capacidade de escolha. Outros exemplos seriam os aplicativos e sites que facilitam nossas vidas, como o google que apesar de ser uma ótima ferramenta de pesquisa tira a capacidade humana de ir atraz de um livro sobre o assunto desejado. Além da velocidade de informação que chega até as pessoas, o que faz delas preguiçosas para irem atraz do assunto.

Gostaria de apresentar três elementos que considero um patrimônio da humanidade, seriam eles: Mona Lisa, que se traduzir do italiano para o português fica “a sorridente”, uma das obras mais conhecidas de Leonardo da Vinci, que marcou o início do renascimento italiano. Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, que apresenta uma aventura do protagonista Dom Quixote e mostra também como os livros influênciam em nossas vidas. Por último a coleção de Harry Potter, apresentando um novo mundo de mágia e aventura, mostrando que a vida do nosso protagonista muda quando ele vai para a escola de mágia. Espero que essa nova geração, a mesma da era da burrice, leia e entenda minha carta e assim fazendo uma virada de chave em suas mentes e quem sabe talvez repençar alguns hábitos.

Assinado: D.J.

Carta da Luisa

Data: 23/09/2023 – Categoria I – N° de Inscrição: 33

Sorocaba, 23 de setembro de 2023

Cara pessoas, frutos de novas gerações, que levam a arte de ser humano, conseguir pensar e refletir em inúmeros assuntos, como algo simples e banal. Venho por meio desse papel (que daqui alguns anos, provavelmente nem será mais usado para escrever, por conta do salto da tecnologia) avisar os senhores da crise social que estamos vivendo, onde as pessoas esqueceram do mais glorioso que nossa espécie consegue fazer, pensar. Minha era já foi chamada de diversos nomes, chegando até a tenebrosa “Era da burrice”, esse foi o grande estopim para eu escrever essa carta, não quer que nossa civilização seja conhecida por um grupo de pessoas com “baixa inteligência”, por isso, suplico aos senhores que leiam.

Ler apenas o meu texto? Não! Leiam tudo, de livros de fantasia até biografias, é necessário que os senhores entendam essa dádiva que a nós foi dada, nossa inteligência, nosso raciocínio. Confesso que o avanço da tecnologia tem afetado minhas noites de sono, por isso, saibam dos riscos que estão enfrentando, pode parecer algo bobo, como apenas um aplicativo de vídeos engraçados, mas vai muito além, vocês podem perder a capacidade de entendimento e socialização, olhe no olho do outro quando conversarem, não se isolem de tudo porque a companhia de um celular parece mais agradável.

Para vocês entenderem isso de maneira mais clara, posso citar as personalidades que, para mim, uma grande admiradora da inteligência humana, nunca podem ser esquecidos. Leonardo da Vinci, um gênio do Renascimento italiano, que mudou o jeito de enxergar as coisas, o grandioso Machado de Assis, mudando o mundo e a literatura com sua escrita e a formosa Clarice Lispector, com sua escrita inesquecível e a beleza em cada linha. Não se esqueçam, e não finja que esqueceram, nossa chama do conhecimento precisa sempre estar acesa, foi por causa dela que tudo começou.

Obrigada por lerem, sem mais, C.L.