Por: Giovana, Luiza e Raphael – 9º ano
O conto “Pai Contra Mãe”, de Machado de Assis, é uma história que se passa entre os anos de 1850 e 1890 e conta sobre uma passagem da vida de Candinho, que trabalha como caçador de recompensas. Machado de Assis é um grande escritor, que marcou a história da literatura brasileira, representando nossa cultura nos tempos da colonização e escravidão. Seus contos apresentam, de uma forma fantástica, pequenas características do dia a dia daqueles tempos, nos levando a uma verdadeira viagem no tempo.
Candinho era um homem não comprometido com empregos e ofícios, casado com Clara e futuro pai. Vivendo em péssimas condições devido à falta de uma renda fixa, ele passa a trabalhar na busca de escravos fugitivos, porém não foi o suficiente. Toda a situação se desencadeou em um conflito na casa, onde Mônica, tia de Clara, preocupada com a vida que a criança levaria, insiste em um aborto ou deixá-la na creche, o que desagrada ao pai. Diante das desavenças e da vontade de dar boas oportunidades, Candinho aceita uma proposta, a qual teria que caçar Arminda, uma fugitiva grávida.
Vistos como meros animais, sem alma e humanidade, fato que é reforçado pelo uso de mordaças e coleiras, a obra apresenta a forma repugnante de como os negros escravizados eram tratados. Como podemos ver no final do conto, não importava se eram idosos, mulheres grávidas e crianças; apenas cumpriam suas obrigações, sendo submetidos a terríveis condições.
Apesar de toda a profundidade contida sobre a escravidão, acreditamos que por ser ampla e complexa em alguns parágrafos e vocabulários, a história pode se tornar ou ser vista como um desafio para alguns leitores.
Sua leitura é importante, de fato, pois nos mostra o cotidiano da época de uma forma fantástica, com pequenas características e situações diversas, além de nos levar a uma verdadeira viagem no tempo. Recomendamos a obra, por este mesmo motivo, para aqueles que desejam uma imersão nos tempos antigos. Já para aqueles que desejam leituras claras e para diversão, não acreditamos que seja uma opção.