Por: Adriana Cristina Carneiro – Professora Educação Infantil
Tudo foi um enorme desafio. Afinal, como dar aulas para crianças pequenas, usando uma ferramenta com a qual até eu mesma, adulta, tenho dificuldade de acesso e manejo? Com uma faixa etária em que o vínculo e o afeto são necessários para que o desenvolvimento se consolide? Uma mistura de sentimentos acontece: será que atingirei meus pequenos?
Tentei reinventar, pensar fora da caixinha e me adaptar a tudo. A situação emergencial nos fez abraçar essa ferramenta pedagógica que nos aproxima dos nossos alunos e seus familiares.
Confesso que não está sendo fácil, queria muito poder abraçar, pegar no colo, olhar meus pequenos. Quando estou observando, eu tenho uma resposta rápida se consegui ou não atingir meus objetivos, o que não acontece com o ensino remoto.
Sei que tudo vai passar e que vai deixar muitas aprendizagens! Que vamos valorizar o estar junto, o participar e, mais do que tudo, o respeitar o outro.
A educação é um agente transformador das pessoas. E somente juntos, mesmo separados geograficamente, é possível enfrentar essa triste fase e logo, logo, estaremos todos, perto, retornando ao nosso melhor lugar: “a Escola”.