Por: Professora Marilia Carrenho Camillo – EFAF – História
Angola é um país localizado no sudoeste do continente africano. É banhado pelo oceano Atlântico e possui diversas formações vegetais, como florestas, savanas e desertos. Sua capital é Luanda e sua história é marcada pela colonização portuguesa, que influenciou as práticas culturais da população, como a língua e a religião.
Boa parte das pessoas escravizadas que vieram para o Brasil no período colonial eram provenientes dos povos bantos, muitos deles originários de Angola. Os primeiros africanos escravizados iniciaram a sua chegada no Brasil por volta de 1550, com o tráfico ultramarino, também conhecido como tráfico negreiro. A metrópole portuguesa possuía feitorias na costa africana desde o século XV e, dentre essas feitorias, estava Angola que forneceu boa parte da mão de obra de pessoas escravizadas para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar e nos engenhos canavieiros.
Devido ao processo de colonização portuguesa em Angola, o idioma em seu território é o português e, também por conta da influência de Portugal, 93,4% da população é adepta ao Cristianismo.
Em 11 de novembro de 1975, Angola de tornou independente de Portugal, num cenário de queda de um governo ditatorial em Portugal através da Revolução dos Cravos de 1974, quando se abriram perspectivas históricas imediatas para a independência de Angola, que adotou como forma de governo o presidencialismo.
A economia angolana é baseada na extração de recursos minerais, como o petróleo e o gás natural. A população angolana desfruta de condições precárias de serviços públicos, como saúde e educação. Além disso, o país apresenta uma elevada desigualdade econômica e social.
Com uma população de cerca de 34,5 milhões de habitantes (Censo angolano de 2021), o Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,581, considerado médio. Entretanto, segundo fontes do Unicef, nos últimos anos, apesar de Angola ter registrado um crescimento econômico, milhões de angolanos não tem conseguido se beneficiar desse crescimento, e estima-se que mais de 30% da população viva abaixo da linha nacional da pobreza.
Segundo o Unicef, sem investimentos sociais adequados e sem dar resposta ao problema da pobreza, os impactos sociais e econômicos podem, a longo prazo, vir a ser graves. Se faz necessária a urgência na adoção de políticas públicas de inserção da população mais pobre e marginalizada. De acordo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de 40% das crianças angolanas menores de 15 anos vive na pobreza, e o apoio social poder vir a mudar muito em breve essa realidade, com a implementação de novas políticas e estratégias no âmbito da Assistência Social.
Fontes de pesquisa:
mundoeducacao.uol.com.br
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravidao-no-brasil.htm
https://www.unicef.org/angola/politicas-sociais
Fonte da imagem: site do Unicef