Por: Vitória – 9o.ano
O livro Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada, foi escrito por Carolina Maria de Jesus, natural de Minas Gerais. Ela mudou-se para São Paulo ainda pequena e interessou-se pela literatura. Começou a escrever muito cedo e levou este hobby consigo até a idade avançada. Sua obra foi ilustrada por Vinicius Rossignol Felipe, possui 199 páginas e respeita a linguagem da autora, que muitas vezes ia contra as regras gramaticais pelo seu baixo nível de escolaridade. O livro é visto como o marco da escrita feminina no Brasil.
O texto, mesmo sendo escrito anos atrás, reflete muito nos nossos dias atuais. Ele traz a história de uma mãe negra e solteira relatando seu dia a dia, que mora e trabalha na favela. Retrata como ela tenta sobreviver à fome e se manter com o básico, apenas catando papel nas ruas de São Paulo. Um triste exemplo que temos hoje em dia são os catadores de latinha, trabalho que se assemelha ao de Carolina.
Carolina enfrentava críticas todos os dias e ainda tinha que lidar com seus vizinhos que ela não suportava e com os ‘’barracos’’ que aprontavam nas ruas. Odiava a favela e seu barracão com todas as suas forças. Sonhava com uma casa de tijolos. Carolina levava a educação muito a sério, principalmente com os filhos que ela tanto amava e zelava. Tentava ao máximo melhorar de situação e se encontrava por meio da escrita em seu diário. Infelizmente ainda existem várias ‘’Carolinas’’ e temos que tentar ao máximo ajudar aqueles que precisam de nós.
Em minha opinião, esta é uma obra importantíssima e deveria ser lida por todos os brasileiros, principalmente por aqueles que não tem noção da dificuldade do próximo e dos menos favorecidos, que vivem em uma sociedade capitalista, onde tudo gira em torno do dinheiro.
A pandemia reforça todos os problemas presentes na favela e que são narrados no diário de Carolina, o qual foi escrito há mais de sessenta anos.
Parabéns pela resenha!!!