Por: Clara – 8o.ano
A obra O auto da Compadecida de Ariano Suassuna contêm três atos e 146 páginas e é um livro com estilo teatral, do gênero comédia dramática.
A obra conta a história de João Grilo e Chicó, dois sertanejos que vivem altas calamidades em questão de suas mentiras. Eles trabalham para os padeiros, burgueses interesseiros, que só pensam em acumular capital e nem sequer mantêm uma relação boa, já que a mulher trai o marido. No enredo do livro, eles têm que conversar com os religiosos, os quais não exercem seus papéis com prestígio, afinal de contas pensam mais em benefício próprio do que na ajuda ao próximo e em vários outros critérios regidos pela bíblia.
O livro conta sobre um pouco da realidade em que todos vivemos, cheio de mentiras e egoísmo, porém também fala sobre o sertão brasileiro: uma região seca e cheia de miséria. O julgamento é um termo que é muito abordado na desconstrução e análise da obra , afinal todos cometem pecados e não devem ser sentenciados por isso , e sim devem aprender com isso, afinal tudo que se faz em vida, em vida deve ser retribuído, não importa se for de uma maneira boa ou ruim . O julgamento também é uma palavra forte, afinal todos cometem erros e não importa o tamanho deles, somos humanos e, logo, isso nos caracteriza como imperfeitos, propícios a errar. A mentira pode ser vista de vários modos nessa história e a principal delas é a malandragem, a fim de passar a perna nos outros, porém se olharmos nunca saberemos o porquê agem assim, já que a mentira é algo tão cultural e em alguns casos tão cultuada.
Em minha opinião, recomendo muito que desvendem as entranhas dos livros e busquem um pouco de conhecimento cultural e pessoal, não só da cultura do nordeste brasileiro, mas sim muito além: a cultura estrutural do ser humano. É um livro muito bom, com um enredo muito interessante que às vezes parece tão simples, porém com muito a ensinar.
Clara, como a luz do dia é clara.
Artista sempre.
Quando o filme passa na televisão, esteja onde estiver , eu assisto até o fim.
Obra fantástica do fantástico Ariano.
Parabéns pelo seu texto