Por: Gabriel – 8o. Ano
Quando Wilbert Awdry tinha 9 anos, em 1920, sua família se mudou para Ampfield, na Inglaterra, perto de uma ferrovia. Quando se deitava para dormir, ele ouvia os barulhos dos trens passando e, para ele, era como se os trens estivessem conversando.
Wilbert cresceu, se tornou um pastor como seu pai, teve filhos, mas seu amor pelos trens continuou vivo, assim como as histórias que da sua imaginação foram parar em livros, filmes e parques temáticos. Ele criou Thomas e seus Amigos.
Quando seu filho Christopher tinha 3 anos e teve sarampo, Wilbert o distraía contando histórias dos trens que viviam aventuras em uma ilha imaginária chamada de Sodor.
As primeiras histórias foram sobre três trens: Gordon, Edward e Henry. Cada um tinha sua personalidade: Edward era calmo, responsável e prestativo; Gordon era o mais forte e fanfarrão, sempre contando vantagens; já Henry era vaidoso e frágil, pois precisava de carvão especial para andar.
Os trens descritos tinham tantos detalhes que Christopher pediu para seu pai lhe fazer modelos dos trens. Ele fez um modelo de Edward com cabo de vassoura e outros pedaços de madeira.
Christopher pediu também um modelo do Gordon, mas com a escassez de material, pois estavam em meio a Segunda Guerra, fez com que Wilbert fizesse um trem menor do que Gordon seria.
Christopher teve um iluminamento: “este aqui é Thomas, o Trem” e pediu para seu pai contar mais histórias do Thomas.
As histórias de Gordon, Edward e Henry foram publicadas pelo Reverendo em maio de 1945 no seu primeiro livro: “The Three Railway Engines”.
Em outubro de 1946 as histórias de Thomas se tornaram o segundo livro do Reverendo Wilbert Awdry “Thomas the Tank Engine”. No livro ele fez uma dedicatória para seu filho, que se tornou famosa:
“Querido Christopher,
Aqui está seu amigo Thomas, a Locomotiva a vapor.
Ele tinha vontade de sair de seu pátio e ver o mundo.
Essas histórias contam como ele fez isso.
Espero que goste delas porque me ajudou a criá-las.
Seu amoroso pai “
Ao longo de sua vida o Reverendo escreveu 26 livros do Thomas e Seus Amigos, incluindo cada vez mais personagens, que traziam sempre algum ensinamento moral. Os trens passaram a ser baseados em locomotivas e vagões da vida real, levando muitos a acreditarem que a Ilha de Sodor e estes trens realmente existem. A Ilha de Sodor foi imaginada por Wilbert, com a criação de linhas férreas de diferentes bitolas e grupos de trens que trabalhavam no porto, nas minas da montanha, na Ferrovia de Skarloey e até mesmo no “Steam Works”, uma oficina onde trens consertavam outros trens.
Christopher continuou as histórias de seu pai escrevendo mais 11 livros, mas as aventuras de Thomas e seus Amigos vão além destes livros.
Em 2020, Thomas completou 75 anos e durante este período ele virou seriado de TV, com 24 temporadas; 15 filmes de animação, parques temáticos e muitos outros livros que narram desde a geografia de Sodor e a biografia de seus personagens de uma forma tão detalhada que parece impossível que ela e seus habitantes não sejam reais.