Por: Guilherme – 8o.ano

O convite chegou e não sabia o que fazer. Faltavam dois dias para aceitá-lo ou rejeitá-lo. Passei o dia todo com uma cara de preocupado com uma carta com o logo da NASA (National Aeronautics and Space Administration) em minhas mãos. Eu era muito importante para a missão, mas ia perder o dia mais importante para mim, o nascimento do meu filho.
Na carta estava bem claro: “Não temos um astronauta para lhe substituir, caso rejeite o convite”. Era a minha escolha: trabalhar para a melhor empresa de Astronomia, Astrologia e Aeronáutica do mundo ou ver meu filho nascer.
Depois de um dia inteiro de frustração, decidi aceitar o convite, mesmo querendo ver meu filho nascer e correr o risco de morte na missão e não voltar vivo, se eu voltasse bem, veria meu filho, contaria histórias e traria lembranças.
No dia da missão, não consigo nem dizer o quanto estava nervoso, pois poderia morrer. Quando a nave começou a tremer e um barulho muito alto ocorreu, segurei firme o meu cinto de segurança. Minha pressão caiu. Fui empurrado para trás. Não conseguia nem me mover direito. A cápsula foi liberada.
Uns quarenta minutos depois nós chegamos à estação. Fiquei mais tranquilo então. Eu disse para os outros astronautas que eu estava com fome. Já que eu era o novato, eles apontaram para uma bandeja com sacos plásticos. Minha fome foi ficando cada vez maior, pois leva de vinte a trinta minutos para esquentar a comida. Depois de comer, pousamos na lua!
Um sonho de criança foi realizado, eu pisei na lua! Fiquei a viagem toda pensando em meu filho que poderia estar vendo a luz do dia agora mesmo:
— Um passo para a humanidade. E outro maior ainda em homenagem ao meu filho!